sábado, 16 de abril de 2011

"A formiguinha corta folha e carrega, quando uma deixa, a outra leva."


A ideia de se trabalhar em grupo, na maioria das vezes, é complexa e cheia de tramas subjetivas. São conceitos diferentes, percepções de mundo formuladas a partir de diversas mediações que temperam uma construção humana e individual. Imaginar seres humanos objetivos, qualificados em torno de um método científico pode ser uma premissa refutável. Somos temperamentais, defendemos determinada visão, porém podemos manter uma lógica de pensamento sem desrespeitar aquele com quem dividimos a mesa de reuniões, a sala de trabalho ou o ônibus.

Assim, a experiência de estar inserido em um grupo de estudantes e professores buscando mapearmos juntos as práticas comunicacionais no Cariri é uma verdadeira estrada. É uma trajetória onde para além do desejo de se chegar a um "lugar", vale muito os vários "quilômetros" rodados juntos. Construir em conjunto é comunicar, coabitar, conflituar, congregar e tantas derivações quanto for possível. 

Destacar neste espaço a dimensão do companheirismo tem um sentido. Quero passar ao longe do intuito de  pregar lição de moral barata, mas bem próximo ao sentido de defender olhares construtores que se complementam.   

Um comentário:

  1. Os processos grupais são difíceis porque precisam de um reconhecimento das fronteiras entre o que carrega cada subjetividade e a construção coletiva que depende de todos.

    As dificuldades/ inquietações/ tensionamentos/ divergências que aparecerem, fazem parte dos processos e devem ser negociados continuamente e no próprio 'jogo'.
    Ricardo Salmito

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