Como o próprio slogan do site diz, este é o “mapa da comunicação social”. Com dados atuais e detalhados, a proposta do site é levar ao público informações sobre quem são os grandes grupos responsáveis pelos maiores meios de comunicação do país, seja na área televisiva, radiofônica ou de meios impressos (jornais e revistas).
Talvez nem todas as pessoas percebam a real importância de se ter acesso a esses dados. Porém, a partir deles, nós, na difícil missão de sermos cidadãos conscientes, poderemos formar nossas conclusões sobre tudo que nos é informado diariamente e tentarmos, de certa forma, identificar até onde vão interesses políticos e econômicos entranhados nos noticiários, sejam eles de qualquer espécie.
Analisando o site, poderemos perceber o quão grande é a participação de políticos (e de familiares destes) na detenção de meios de informação. Consequentemente, perceberemos que de alguma forma, disfarçadamente ou não, há intenções além da de informar por trás de cada notícia, matéria, programa e etc.
Apesar de possuir um moderno e extenso sistema de telecomunicações, o Brasil é um país que ainda vive a monopolização dos meios de comunicação por grandes grupos que acumularam poder e riquezas às custas da dominação e manipulação da opinião pública.
A Constituição Nacional proíbe a prática de monopolização dos meios de comunicação, além de estabelecer o direito à informação, dando acesso à pessoas comuns e a grupos menores de também se fazerem presentes na difusão de informação. Porém, é notório que tais direitos são praticamente inviáveis de serem efetivados diante da ausência de uma legislação que incentive o desenvolvimento de redes e canais com fins específicos, que tratem, por exemplo, de cultura e educação, entre outros temas relevantes.
Sob o posicionamento de estudante de jornalismo, vejo no site uma poderosa arma no combate das armadilhas da mídia. Apesar de considerar infundada a ideia de não-participação numa sociedade de massa, podemos ao menos buscar formas de desenvolvermos um senso crítico mais apurado e mais atento às formas de dominação pregadas por uma parcela abastada da sociedade que somente visam aos interesses econômicos.
Futuramente, nós mesmos, estudantes de agora, teremos que nos vincular, querendo ou não, a algum desses grupos. No entanto, se estivermos cientes dos interesses que movem os bastidores desse verdadeiro mercado comunicacional, poderemos exercer nossa profissão com uma maior parcela de autonomia intelectual, além de garantirmos nosso importante papel de formadores de opinião.