quinta-feira, 24 de março de 2011

O olhar de estrangeiro como forma de inquietação

Ao darmos os primeiros passos na tarefa de escrever um pouco sobre as impressões obtidas nas reuniões do projeto de mapeamento, sentimos um pouco de frio na barriga e a complexidade da prática do escrever, o que provavelmente nos acompanhará durante toda a carreira profissional de futuros jornalistas.

Mas foi pensando sobre algo tão discutido na reunião do projeto, no dia 16/03/2011 (quarta-feira), que resolvi escrever sobre um tal "olhar de estrangeiro". A motivação para esta inquietação surgiu da leitura de um dos capítulos da obra "A invenção da cultura", do antropólogo Roy Wagner feita no encontro a pouco citado.

Na perspectiva em que discutíamos o pensamento do autor mencionado, na atividade do trabalho de campo do antropólogo, compreendemos o quanto é importante o olhar desacostumado do mesmo sobre o comportamento dos grupos estudados.

Porém, isso não deve se restringir quanto atividade somente do antropólogo, mas a todos os indivíduos que constituem a sociedade. Assim, é possível observar as diferenças culturais e conhecermos as nossas próprias características ao nos depararmos com outras.

Nesse sentido, percebi a importância da desnaturalização do olhar sobre o espaço literário, sobre o espaço musical, enfim, sobre o espaço social em torno de suas várias práticas. Dessa maneira, sem o estranhamento necessário, torna e toma forma uma visão rotineira onde inexiste a inquietação.

É no "ambiente" da inquietação que não só o antropólogo deve atuar, mas o arquiteto, o jornalista (principalmente), o fotógrafo, dentre outros.

Um comentário:

  1. Sem dúvida. O olhar atento ao cotidiano faz o reconhecimento/invenção do mundo, reinvenção de si mesmo...
    Ricardo Salmito

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